O mercado olha para a reunião da OPEC após o surgimento da variante Omicron

Dezembro 04, 2021 04:09

Como temos observado há vários meses, uma das principais preocupações e catalisadores nos mercados financeiros tem sido o medo de um aumento da inflação gerado pelo forte aumento dos custos de energia que temos observado tanto no petróleo como também no gás natural. Estes aumentos acentuados causaram um novo impacto na inflação que tem levado agências como a Reserva Federal nos EUA e o Banco Central Europeu a tomar medidas no sentido de reduzir os seus programas de estímulo, entre outras coisas, para fazer frente à forte inflação que atingiu níveis nunca vistos nos últimos 30 anos.

O medo do aumento de preços dos combustíveis fósseis, antes da chegada do inverno no hemisfério norte, fez com que os EUA e China se unissem para pedir à OPEC que tomasse medidas tal como um maior aumento da produção para aliviar os preços, mas também que decidisse libertar parte das suas reservas estratégicas de petróleo para conter o forte aumento do preço do petróleo bruto (crude oil).

Mas nas últimas sessões, tudo isto mudou radicalmente receando o surgimento da nova variante do coronavirus na África do Sul, conhecido como Omicron, que inundou os mercados financeiros causando uma queda de 15,37% no barril do Brent.

Portanto, a atenção dos mercados durante a sessão de hoje sem dúvida que se concentra na reunião da OPEC (OPEP), pois, durante esta reunião, poderá ser decidido entre continuar com o plano de bombeamento atual, ou parar congelando o aumento em barris por dia estabelecido nas reuniões anteriores na tentativa de recuperar os preços do petróleo.

No entanto, se olharmos para o gráfico diário, podemos observar que depois de atingir máximos anuais no último mês de outubro, o preço do barril do Brent sofreu uma queda acentuada de 18,71%, embora seja verdade que grande parte dessa queda tenha ocorrido durante a semana anterior.

Esta queda acentuada levou o preço a cair vários níveis de suporte importantes, como a faixa inferior do canal de alta que vinha seguindo desde abril de 2020, e a sua importante média de 200 sessões no vermelho atingindo mínimos durante a sessão da última terça-feira, 30 de novembro, cerca de $68,10 por barril.

Tecnicamente falando, a quebra destes importantes níveis de apoio abre portas para uma correção maior em busca do fundo duplo formado entre os meses de maio e agosto deste ano representado pela faixa vermelha inferior, embora devemos estar muito atentos à evolução do preço durante as próximas sessões dado que poderíamos encontrar uma forte recuperação se for finalmente confirmado que esta nova variante de Covid-19 poderia não ser tão severa como algumas opiniões apontam. No momento, a incerteza permanece ancorada nos mercados, portanto podemos esperar uma grande volatilidade nas próximas sessões.

Fonte: Gráfico diário de Brent da plataforma Metatrader 5 da Admirals. Intervalo: desde 20 de outubro de 2020 até 2 de dezembro de 2021. Registado a 2 de dezembro de 2021, às 9:35 CEST. Nota: O desempenho anterior não é um indicador confiável de resultados futuros.

Evolução do preço nos últimos 5 anos: 

2020: -21,52% 
2019: 22,68% 
2018: -19,55% 
2017: 17,69% 
2016: 52,41% 

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Roberto Rojas
Roberto Rojas Analista Financeiro, Admirals Espanha

Roberto é Analista Financeiro com certificado de European Financial Advisor. Em 2013 graduou-se como Expert Manager em Ações com Derivativos nas Bolsas de Valores e Mercados Espanhóis. Trabalha na Admirals desde 2013.