Perspetiva Semanal do Mercado: Aprovação da Vacina, Negociações do Brexit e Muito Mais!

Espera-se que três notícias decisivas direcionem o rumos do mercado ao longo desta semana, enquanto nos aproximamos das festas de Natal:

• A aprovação do FDA para iniciar o processo de vacinação nos EUA, após a vacina da Pfizer ser aprovada
• A continuação das negociações comerciais pós-Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia
• A reunião da Federal Reserve

O Processo de Vacinação Começa nos EUA

Após a aprovação do FDA para a vacina Pfizer no Domingo, os Estados Unidos seguiram os passos do Reino Unido e de outros países dando um grande passo à frente na luta contínua contra a pandemia do coronavírus.

Poucos países foram devastados pela pandemia tanto quanto os EUA, que na semana passada estabeleceu um recorde de 234.000 novos infetados registados em 24 horas, ultrapassando um total de 16 milhões de casos registados e 302.762 mortes, desde o início da pandemia.

A implementação da vacina foi aprovada como uma medida de emergência para pessoas com mais de 16 anos de idade, com um total de 2,9 milhões de doses prontas para distribuição.

Continuação das Negociações Comerciais do Brexit

A semana passada foi crítica para as negociações comerciais entre a UE e o Reino Unido. O Domingo foi acordado por ambas as partes como prazo para chegar a um acordo entre Londres e Bruxelas.

Mas, mais uma vez, enquanto a Europa esperava por um anúncio decisivo, foi anunciada uma prorrogação das negociações na tentativa de chegar a um acordo. Boris Johnson e Ursula Von der Leyen concordaram com a extensão por telefone na tarde de Domingo, provando, se já não estava claro, que ambas as partes vêem um acordo como vital, apesar das suas respectivas posições parecerem distantes de uma perspectiva externa.

Desde o referendo do Reino Unido sobre a adesão à UE em Junho de 2016, a história do Brexit parece não ter fim e falta menos de um mês até que o período de transição entre as duas partes chegue ao fim.

Na semana passada, foram dados passos importantes, depois do Primeiro-ministro Britânico ter anunciado a remoção de certas cláusulas polémicas do Ato do Mercado Interno, que violavam diretamente o acordo alcançado em Janeiro com a UE, em relação à fronteira com a Irlanda.

Esta nova extensão irá dar aos mercados financeiros algum espaço para respirar, pois estes estavam repletos de incerteza na semana passada. No entanto, até que um acordo seja alcançado, esta incerteza irá continuar a crescer, já que as chances de um Brexit sem qualquer acordo parece aumentar a cada dia. Países como França, Bélgica, Holanda e Dinamarca deixaram claro que preferem não ter qualquer acordo, do que a Europa fazer demasiadas concessões ao Reino Unido.

O Foco Muda Para a Federal Reserve

Na semana passada, a Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, deu mais um passo no seu plano de fazer "o que for preciso", dando uma vida nova ao seu programa de estímulo monetário. Agora é a vez da Federal Reserve dos Estados Unidos assumir o comando e avaliar a possibilidade de introdução de novas medidas de política monetária.

Os últimos dados de emprego e a situação da pandemia não são nada promissores, já que os dados do Non-Farm Payroll de Novembro mostraram um enfraquecimento do mercado de trabalho, onde o desemprego continua a crescer.

Será importante ver quais as decisões que serão tomadas, já que o pacote de estímulo de US $ 908 bilhões projetado para combater os efeitos da pandemia, continua paralisado nas negociações.

Além destes três pontos-chave indicados anteriormente, deve ficar atento a outros eventos do calendário económico.

Fonte: Calendário Econômico Forex da Admiral Markets

A Situação do Mercado

Na semana passada, os principais índices de ações globais fecharam com ligeiras quedas semanais. O DAX30 e o SP500 voltaram ao primeiro nível de suporte na sua média de 18 períodos.

É importante observar o comportamento de ambos os índices e ver se eles são capazes de saltar neste nível e procurar algum suporte, para obter um novo impulso de alta.

A perda destes níveis pode aprofundar as reversões após as subidas de Novembro e início de Dezembro, que levaram a níveis de sobrecompra no Indicador Estocástico. Estas reversões podem ser interpretadas como possíveis pontos de entrada para uma eventual subida de Natal, desde que não percam os seus principais níveis de suporte (média móvel de 200 períodos a vermelho). Embora para que isso aconteça, o DAX30 irá precisar de quebrar o seu nível de resistência atual (a verde).

Fonte: Admiral Markets MetaTrader 5 - DAX30 Gráfico Diário. Período: 9 de Setembro de 2019 a 11 de Dezembro de 2020. Elaborado a 11 de Dezembro de 2020. O desempenho anterior não é necessariamente uma indicação de desempenho futuro.

Fonte: Admiral Markets MetaTrader 5 - SP500 Gráfico Diário. Período: 9 de Setembro de 2019 a 14 de Dezembro de 2020. Elaborado a 14 de Dezembro de 2020. O desempenho anterior não é necessariamente uma indicação de desempenho futuro.

Por outro lado, a trajetória de alta dos preços do petróleo após terem sido anunciadas as vacinas bem-sucedidas, continua a atingir níveis nunca antes vistos nos últimos 8 meses. Este ímpeto foi reforçado após o acordo da OPEP, para aumentar a produção em 500.000 barris por dia a partir de Janeiro, em oposição aos 2 milhões inicialmente planeados.

Tecnicamente falando, os preços da semana passada fecharam a $ 49,89, após a subida de 1,92%, continuando a tendência de Novembro, onde o preço subiu mais de 25%, superando finalmente a zona de resistência do canal lateral forte e da sua média móvel de 200 períodos.

Na madrugada de Segunda-feira, o Brent subiu cerca de 1%, ultrapassando assim o nível de $ 50. É importante ver se ele irá conseguir sustentar este nível ao longo do tempo e procurar novas resistências. Caso caia abaixo do seu nível de resistência anterior (a verde), o petróleo pode reentrar numa lateralização, onde o principal suporte seria a faixa azul.

Fonte: Admiral Markets MetaTrader 5 - Gráfico Diário Brent. Período: 9 de Setembro de 2019 a 14 de Dezembro de 2020. Elaborado a 14 de Dezembro de 2020. O desempenho anterior não é necessariamente uma indicação de desempenho futuro.

Em 2015, o valor do Brent caiu 35,12%, em 2016 aumentou 45,22%, em 2017 aumentou 18,66%, em 2018 diminuiu 21,36% e em 2019 aumentou 25,20%. Em cinco anos, portanto, aumentou 14,38%.

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