Os receios do mercado diminuem com EUA a suspender tarifas sobre o Canadá e o México
As tarifas dos EUA anunciadas durante o fim de semana têm suscitado preocupações sobre uma nova guerra comercial que poderia elevar os preços e a inflação, colocando em risco as políticas monetárias implementadas.
No entanto, o presidente Trump recuou na segunda-feira ao anunciar que as tarifas sobre o Canadá e o México seriam adiadas por 30 dias, enquanto decorrem as negociações.
O dólar americano fortaleceu-se em relação aos seus concorrentes, enquanto as bolsas asiáticas subiram na manhã de terça-feira, à medida que os investidores esperavam por um resultado positivo, após as negociações entre os Estados Unidos e a China sobre tarifas, que decorrerão mais tarde, esta semana.
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Decisores políticos do BCE comentam as taxas de juro
O decisor político do BCE, Peter Kazimir, afirmou que o mais recente corte de taxa aproximou o banco central do seu objetivo, mas acrescentou que ainda não foi alcançado. O banqueiro eslovaco mencionou que fatores como previsões, inflação de serviços e desenvolvimentos salariais poderiam desempenhar um papel nas decisões a serem tomadas "em abril e posteriores". Os comentários sugeriram que Kazimir está em linha com as expectativas do mercado para um novo corte da taxa, após a reunião do BCE em março.
Gediminas Simkus, membro do conselho de governadores do BCE da Lituânia, previu mais alguns cortes nas taxas de juro após março, mencionando que o banco central poderia permitir uma política monetária mais flexível. Simkus também disse que "ainda temos espaço antes de atingir a taxa neutra". O banqueiro lituano sugeriu que as tarifas de Donald Trump poderiam aumentar a incerteza nos mercados financeiros.
O decisor político do BCE, François Villeroy de Galhau, afirmou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos aumentarão a incerteza económica, em concordância com as opiniões dos seus colegas. De Galhau afirmou que as novas tarifas constituem um desenvolvimento muito preocupante. O membro francês do conselho do BCE sugeriu que provavelmente haverá mais cortes de taxa pelo BCE.
Inflação na Zona Euro sobe em janeiro
Um relatório publicado pelo Eurostat na segunda-feira mostrou que a inflação geral na Zona Euro subiu 2,5% em janeiro, em termos anualizados. O valor da inflação foi maior do que o previsto pelos analistas de mercado, que esperavam que permanecesse inalterada nos 2,4%, como havia sido registado em dezembro.
A inflação do IPC de base foi de 2,7% em janeiro e mantêm-se inalterada desde setembro de 2024. A inflação dos serviços caiu para 3,9% em janeiro, comprada com os 4% de dezembro. Apesar do aumento da inflação, os economistas sugeriram que o BCE provavelmente não será afetado, em relação à reversão de sua política monetária, embora os cortes de taxa possam ser menores do que o inicialmente esperado.
O Westpac prevê que o RBA irá cortar as taxas em 100 pontos base, em 2025
Numa nota aos investidores, os economistas do Westpac sugeriram que o Banco da Reserva da Austrália (RBA) poderia reduzir as suas taxas de juro em 100 pontos base, ao longo deste ano. O relatório mencionou que um corte nas taxas de juro, após a reunião do conselho do RBA em 18 de fevereiro, poderia ser um tópico de debate, apesar da confiança do mercado, acrescentando que a parte mais importante a observar seria a forma como o ciclo de flexibilização se desenrolaria.
Vale a pena notar que o RBA foi um dos primeiros bancos centrais a aumentar as taxas de juro há três anos, para combater as pressões inflacionárias. Não ocorreram cortes nas taxas de juro pelo RBA em 2024, já que o banco central manteve as taxas de juro nos 4,35% durante todo o ano.
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