Negociar a libra esterlina em 2025: O que saber

Janeiro 22, 2025 23:55

A libra esterlina e a economia do Reino Unido estão na primeira página de todos os meios de comunicação financeiros. Com especial foco nos últimos dois anos, a economia do Reino Unido tem lutado para se ajustar às altas taxas de juro e à crescente concorrência internacional. Como resultado, a libra esterlina enfrentou obstáculos, por vezes a perder terreno em relação a outras moedas importantes, como o euro e o dólar americano.

Haverá um "ano novo, vida nova" para a libra esterlina e a economia do Reino Unido ou veremos apenas a continuação de uma queda, especialmente quando o novo presidente dos EUA, Donald Trump, estiver pronto para impor tarifas sobre as importações? Neste blog, partilharemos algumas informações sobre as perspetivas para os primeiros meses de 2025, que julgamos virem a ser úteis para que elabore os seus planos financeiros.

Taxas de juro do Banco de Inglaterra em 2025

Assim como outros grandes bancos centrais, como a Reserva Federal (Fed) e o Banco Central Europeu (BCE), o Banco de Inglaterra (BI) embarcou numa jornada para reduzir as taxas de juro e facilitar a execução dos planos financeiros dos tomadores de empréstimos. A próxima reunião de taxas de juro do BI será a 6 de fevereiro.

O BI cortou as taxas de juro em agosto e novembro de 2024, com a taxa de referência a cair para os 4,75%, após atingir 5,25% no verão de 2024, o valor mais alto dos últimos 16 anos. Na sua última reunião antes do Natal, o Comité de Política Monetária (MPC) do banco central absteve-se de fazer mais um corte, já que os relatórios de inflação de outono foram "mais quentes" do que o pretendido.

A previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para 2025 sugeriu que "a política monetária deverá continuar a sua flexibilização até o início de 2026, com a taxa de juro do banco a cair gradualmente para os 3,5%, vinda dos atuais 4,75%, à medida que a inflação continua a convergência para o objetivo".

Os analistas do ING parecem concordar, no seu relatório de 16 de dezembro, que o BI reduzirá gradualmente os custos dos empréstimos. "Além disso, os mercados financeiros acreditam que teremos, no máximo, mais três cortes em 2025. Até agora, o BI pouco fez para persuadir os investidores do contrário. Pela pouca comunicação que tivemos dos responsáveis, nas últimas semanas, o banco parece amplamente satisfeito com uma trajetória de base que aplica cortes nas taxas uma vez por trimestre, durante o próximo ano", numa nota aos investidores.

Inflação cai no Reino Unido, mas mantém-se acima da meta do BI

O último relatório do Instituto Nacional de Estatísticas (ONS) mostrou que a inflação do IPC do Reino Unido caiu 2,5% em dezembro, um pouco abaixo dos 2,6% registados em novembro. Deve ter em atenção que a meta de inflação do conselho de administração do BI está nos 2%.

O relatório de dezembro surpreendeu os analistas dos mercados e deu algum suporte à visão de alguns analistas de que as taxas podem cair ainda mais, e mais rápido, do que os mercados esperam.

Um dos maiores contribuidores para os altos números da inflação no Reino Unido é a inflação dos serviços, que também ficou abaixo do esperado. Em declarações ao The Guardian, analistas do Goldman Sachs disseram que "o declínio na inflação dos serviços, observada ao detalhe, de 5% para 4,4%, reforça a nossa visão de que o comité de política monetária provavelmente cortará a taxa do banco em fevereiro".

Apesar da inflação cair em dezembro de 2024, mais perto da meta de 2% do banco central, alguns economistas expressam a opinião de que o IPC pode subir para os 3% novamente, durante 2025. Uma nota publicada pela LSE do Reino Unido disse que "aumentos salariais no setor público, bem acima da taxa de inflação, desencadeiam aumentos adicionais nos salários privados e, consequentemente, uma inflação mais alta um ano depois. Parte do impacto dos salários mais altos do setor público na inflação já está a surtir efeito, mas o efeito total será sentido até o verão de 2025. Tudo o que foi dito acima parece implicar que a inflação no Reino Unido continuará a subir muito acima da meta de dois por cento ao longo de 2025".

Outro relatório divulgado pela Capital Economists observou que "acreditamos que uma queda na inflação do IPC para menos de 2,0%, em 2026, levará o Banco de Inglaterra a cortar as taxas de juro dos 4,75% atuais para 3,50%, no início de 2026, em vez dos 4,25% antecipados pelos investidores".

Libra esterlina enfrenta turbulência do mercado

A libra esterlina não é exceção nas dificuldades económicas do Reino Unido. A libra atingiu a menor taxa em 5 meses, em relação ao euro, a 20 de janeiro, quando os economistas aumentaram as suas expectativas de um corte nas taxas de juro, a 6 de fevereiro. Membros do MPC, como Alan Taylor, sugeriram que o BI poderia avançar com quatro cortes de taxas ao longo de 2025.

A 13 de janeiro, a libra esterlina caiu para um mínimo de 14 meses em relação ao dólar americano, pressionada por turbulências no mercado de títulos e relatórios desfavoráveis vindos da economia do Reino Unido. A libra esterlina perdeu aproximadamente 4% do seu valor, em relação ao dólar americano, desde o início de 2025.

Analistas do HSBC sugeriram que a libra esterlina provavelmente não será capaz de atingir as previsões de 2025, sendo negociada em torno de 1,26 USD, o que seria "notavelmente otimista para nós". Os economistas do ING têm dúvidas sobre a força da libra e dizem que as atualizações económicas no Reino Unido não funcionam a favor da moeda britânica. Os economistas do banco holandês observaram, num relatório de 21 de janeiro, que "as implicações para a combinação fiscal/monetária do Reino Unido são totalmente negativas. Como acima descrito, parece que o chanceler provavelmente terá que apertar a política fiscal – um movimento que deve empurrar a porta aberta de um mercado que está a subvalorizar o ciclo de flexibilização do BI deste ano. Recentemente, reduzimos nossas previsões para a libra esterlina e agora vemos o par EUR/GBP a encerrar o ano em 0,85 e 1,19, respetivamente. No mínimo, esses ajustes negativos da libra esterlina podem ser muito conservadores".

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Este material não contém e não deve ser interpretado como contendo conselhos de investimento, recomendações de investimento, uma oferta ou solicitação de quaisquer transações em instrumentos financeiros. Tenha em atenção que esta análise económica não é um indicador fiável para nenhum desempenho atual ou futuro, pois as circunstâncias podem mudar ao longo do tempo. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, deve procurar orientação de consultores financeiros independentes, para garantir que compreende os riscos envolvidos.

Miltos Skemperis
Miltos Skemperis Redator de conteúdo financeiro

Miltos Skemperis tem formação em jornalismo e gestão empresarial. Trabalhou como repórter em vários canais de notícias de televisão e jornais, e tem 7 anos de experiência na redação de conteúdo financeiro.